Varejo Materiais de Construção Brasil - O que os dados mais recentes revelam sobre o futuro da construção no Brasil
Varejo de materiais de construção
📌 Destaques do setor de materiais de construção no Brasil:
🔹 Receita da indústria deve crescer 5,5% a/a em 2024, após retração no ano anterior.
🔹 Materiais de acabamento lideram crescimento com alta de 13,5% a/a em setembro.
🔹 PIB da construção civil cresceu 5,7% a/a no 3º tri de 2024, com projeção de 4,1% para o ano.
🔹 64% das empresas do setor planejam investir nos próximos 12 meses.
🔹 Custos continuam pressionando: INCC subiu 5,1% a/a no 3º tri, com destaque para mão de obra e materiais.
Desde a sua criação, em abril de 2004, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) vem acompanhando de perto o crescimento do setor de construção civil no Brasil. Atuando como representante da indústria, a ABRAMAT se envolve com o governo e demais stakeholders da cadeia produtiva. Em dezembro de 2024, a associação era composta por cerca de 400 unidades fabris de 50 empresas coligadas, estrategicamente localizadas em todas as regiões do Brasil.
Em dezembro de 2024, a ABRAMAT revisou sua projeção para a receita da indústria de materiais de construção para o ano, antecipando um aumento de 5,5% a/a. Anteriormente, em junho de 2024, a projeção era de um aumento de 3% a/a, após uma queda de 2,5% a/a em 2023. No terceiro trimestre de 2024, a receita cresceu 8,3% a/a. A categoria de materiais de acabamento teve um aumento de 13,5% a/a em setembro de 2024. Em relação a agosto de 2024, cresceu 1,4%. Enquanto isso, os materiais básicos tiveram um aumento de receita anual de 8,3% e um aumento mensal de 2%.
Além disso, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB da construção civil aumentou 5,7% a/a em termos reais no terceiro trimestre de 2024, com seu valor adicionado bruto (VAB) devendo encerrar o ano em torno de um crescimento de 4,1% a/a, de acordo com as projeções da CBIC de novembro de 2024.
Em outubro de 2024, a ABRAMAT lançou o Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, uma pesquisa de opinião realizada com líderes das empresas associadas. O estudo destaca projeções positivas com base na análise de vendas de setembro de 2024.

A pesquisa indica que setembro de 2024 apresentou um bom desempenho para 45% dos associados da ABRAMAT, enquanto 32% avaliaram o período como regular e 23% como negativo. Olhando para outubro de 2024, as expectativas entre os membros eram positivas, com 5% antecipando que o mês seria muito bom e 59% considerando-o um momento favorável para as vendas. Para 36%, outubro de 2024 deve ficar estável, sem indicações negativas para o próximo mês.
As expectativas de investimento permanecem otimistas, com 64% dos membros indicando que planejam fazer melhorias no médio prazo (ou seja, nos próximos 12 meses). Por exemplo, cerca de um ano antes, em setembro de 2023, essa intenção foi observada por 62% dos membros. O nível médio de utilização da capacidade instalada situou-se em 79% entre as empresas em setembro de 2024, marcando um aumento face ao mesmo mês de 2023, quando a média foi de 71%.

As últimas edições do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção reforçam um cenário de otimismo consistente no setor. O bom desempenho em setembro de 2024, aliado a expectativas ainda mais positivas para outubro, mostram que a indústria de materiais de construção continua resiliente, mesmo diante dos desafios econômicos. Além disso, o fato de 64% das empresas planejarem investir nos próximos 12 meses demonstra confiança no crescimento sustentável, impulsionado por novos projetos e demandas.
No terceiro trimestre de 2024, o custo básico médio de construção (CUB) registou um aumento de 4,5% a/a, uma tendência ascendente face aos trimestres anteriores. O custo básico da construção foi em média de R$ 2.151,9 por metro quadrado no 3º trimestre de 2024 e de R$ 2.163,13 em setembro de 2024. No terceiro trimestre, o aumento dos custos de construção foi ligeiramente superior à inflação média (4,4% a/a).
O setor enfrenta desafios significativos, com o aumento dos custos de mão de obra e materiais, juntamente com altas taxas de juros. É importante observar que os custos trabalhistas continuam sendo o principal impulsionador das despesas, principalmente devido à escassez de profissionais qualificados no setor. Os custos de mão de obra tiveram um aumento de 5,1% a/a no 3º trimestre de 2024, enquanto os componentes materiais relataram um aumento de 3,6% a/a no mesmo período.

A partir do terceiro trimestre de 2024, o setor de construção brasileiro continua enfrentando desafios na gestão de custos, conforme observado pela CBIC. O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou aumento de 5,1% a/a no 3º trimestre de 2024. O setor registrou aumento do custo do INCC de 2,1% t/t no 2º trimestre de 2024, em comparação com o índice de preços ao consumidor (IPCA/IBGE), que aumentou 0,8% t/t. Os custos permanecem elevados, exercendo pressão sobre os participantes do setor e os compradores, pois os custos de aquisição de propriedades continuaram a aumentar.
De janeiro de 2020 a setembro de 2024, o INCC subiu 46,4%, enquanto o IPCA registrou alta acumulada de 31,2%. O custo dos materiais e equipamentos teve um aumento acentuado de 71% durante este período, e os custos de mão de obra aumentaram 36,3%. Esses números refletem o impacto de vários fatores, incluindo a pandemia de COVID-19, tensões geopolíticas, política fiscal do governo e escassez de mão de obra, que contribuíram para o aumento das despesas no setor de construção.
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Fontes: EMIS Insights – Industry Report.